O ano de 2020 foi marcado pela disparada do preço do Bitcoin em seu final. Mas ao longo do ano, os brasileiros negociaram bastante a criptomoeda.
Precisamente, foram 351.204,65 Bitcoins negociados nas exchanges locais. A informação veio de um relatório do Cointrader Monitor, que compilou dados de 01/01/2020 a 31/12/2020.
Segundo o documento, o valor do Bitcoin fechou o dia 31/12 cotado a R$ 151.903,59. Com isso, o volume total negociado alcançou pouco mais de R$ 53 bilhões. Com exatidão, o valor é de R$ 53.349.247.159,69.
MercadoBitcoin e BitcoinTrade lideram mercado
O Cointrader Monitor utilizou dados das principais exchanges nacionais e de plataformas estrangeiras que atuam no país. As seguintes empresas entraram no levantamento:
Alterbank, Acesso Bitcoin, BitBlue, BrasilBitcoin, BitCambio, Biscoint, Binance, bitPreço, Braziliex, Bolsa Cripto, Bitso, Bitnuvem, Bitrecife, BitcoinTrade, BitcoinToYou, BULLGAIN, ComprarBitcoin, Coinext, CryptoMKT, Citcoin, CointradeCX, e-Juno, flowBTC, Foxbit, FTX, MercadoBitcoin,Modiax, NovaDAX, New Cash, Omnitrade, PagCripto, PagCripto OTC, Stonoex, UpCâmbio, Walltime e YouBTrade.
A MercadoBitcoin ocupou o topo da lista. A exchange negocio 75.508,05 Bitcoin, totalizando R$ 114.699.438,68 negociados. O valor corresponde a 21,51% do volume nacional.
No entanto, a MercadoBitcoin detinha 31,36% do mercado em 2019. Isso significa uma queda de 9,85 pontos percentuais na comparação ano a ano.
O Cointrader Monitor também destacou a valorização do Bitcoin, que atingiu 420% em 12 meses. No dia 01/01/2020 o valor do Bitcoin era de R$ 29.214,30. já no dia 31/12/2020, era de R$ 151.903,59.
Volume modesto em relação a 2019
O volume geral negociado em 2020 teve dois grandes picos. O primeiro deles foi em março, no auge da pandemia de Covid-19. Foram negociados cerca de 43 mil Bitcoins naquele mês.
Após uma queda forte em abril, maio viu um novo pico de alto volume. Depois disso, a queda foi bastante significativa. Os meses entre junho e dezembro viram uma média entre 20 e 30 mil Bitcoins negociados nas exchanges.
Apesar de alto, o volume não representa o volume total de investimento dos brasileiros no mercado de criptomoedas. Isso porque algumas transações não são computadas pelo levantamento.
Entre elas estão negociações no mercado P2P e as negociações de outras criptomoedas além do Bitcon, como Ethereum, USDT, Ripple, por exemplo.
Tais dados são computados pela Receita Federal, por meio da Instrução Normativa 1888. Por isso, os levantamentos da Receita costumam revelar um mercado bem maior.